sexta-feira, 30 de maio de 2014

PSICOMOTRICIDADE: Brincar para descobrir


Atividades lúdicas ensinam, dizem muito sobre a criança e são uma maneira leve de estimular o autoconhecimento e as descobertas



Objetivos:

 Estimular a aprendizagem lúdica 
 Desenvolver os sentidos 
 Desenvolver o autoconhecimento

 A educação infantil nos últimos anos tem passado por algumas mudanças e, dentre elas, a de não considerar o desenvolvimento da criança como construções isoladas de caráter cognitivo, motor e afetivo. Fátima Gonçalves, educadora física e especialista em psicomotrocidade, explica que a formação dos pequenos é determinada por essas três áreas e que "perdas e ganhos em qualquer uma delas podem interferir positiva ou negativamente". Dessa forma, não é possível atribuir responsabilidade afetiva apenas à família, desvios biológicos e patológicos apenas à saúde, e da aprendizagem cognitiva somente à escola. A psicomotricidade tem exatamente essa função abrangente e possibilita fazer a leitura do corpo da criança por meio de gestos, agitação ou apatia.
Tipos motores

 A pedagoga Vanessa Scaringi explica que "a motricidade fina é a coordenação visiomanual utilizada mais frequentemente, e que engloba a estimulação visual por um objeto até o seu agarre, transporte e manipulação pelas mãos". Já a motricidade global é a capacidade de o indivíduo se descolar, "que compreende o funcionamento global dos mecanismos e movimentos corporais como o andar, correr, pular e dançar, por exemplo".
Benefícios do "movimento linguagem" 
As expressões corporais facilitam exprimir sentimentos difíceis de verbalizar e é assim que as crianças agem, por necessidade de comunicação. "Como não é possível que elas utilizem o pensamento simbólico para expor ao mundo suas vontades, seu diálogo é feito basicamente pela movimentação corporal", diz Fátima. Vanessa explica que as atividades psicomotoras permitem às crianças adquirir informações e transformá-las em conhecimento "por meio de estímulos auditivos, visuais, táteis e olfativos ou gustativos, que desenvolvem a atenção, a memória, a tonicidade, o equilíbrio, a lateralidade, os esquemas corporais, a organização espacial e temporal, além da coordenação motora global e fina".

Caixa das sensações
A arte-educadora Simone Faure Bellini sugere uma atividade divertida para que as crianças descubram a sensibilidade tátil.
Materiais:
 1 caixa de papelão
 Papel color set branco ou cartolina branca
 Papel color set nas cores, verde, roxa, amarelo e rosa
 Cola branca
 Tesoura
1. Corte um círculo de 8 cm de diâmetro no centro da caixa. Forre a caixa com o papel color set branco.

2. Forre as laterais com as outras cores do color set. Com a hidrocor, escreva e pinte “Caixa das sensações”.
3. Dentro da caixa, coloque materiais com texturas diversas, com lixa, papel áspero, papel macio, plástico, pelúcia e peça para que tentem identificar os materiais ou descrever a sensação de tocá-los.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Dicas para os pais quando ficam diante de notas vermelhas.

10 atitudes positivas diante de um boletim vermelho

1. Converse e tente entender a situação, sem gritos ou discussões. "Mostre para a criança que esses resultados não são definitivos muito menos indicativos de incapacidade", aconselha Vera Malato, coordenadora de departamento de orientação educacional do colégio Bandeirantes, de São Paulo. 

2. Avalie se a rotina de estudos está adequada e se o local é calmo e silencioso. E, quando seu filho prometer estudar mais, questione-o sobre o que é estudar para ele. "Coloque essa rotina em discussão. Fale para ele que não adianta apenas fazer a lição de casa para não tomar bronca do professor. É preciso fazer a tarefa com o objetivo de aprender e tirar as dúvidas", conta Edson D'Addil, orientador educacional do Colégio Vértice, em São Paulo. 

3. Procure a escola e converse com o orientador educacional antes de tomar a justificativa da criança como única existente. A partir daí, você conseguirá identificar se é uma dificuldade específica de uma matéria ou se é problema comportamental. 

4. Veja se a saúde da criança está normal. Problemas de visão, audição ou dificuldades em se concentrar podem refletir nas notas. 

5. Verifique a integração social da criança nos grupos. Veja se é tímida, se tem amigos. "Às vezes, para serem aceitas nos grupos, as crianças tornam-se bagunceiras e suas notas caem", diz Magali Maldonado, coordenadora do colégio Objetivo. 

6. Envolva-se no estudo dele e demonstre interesse pela vida escolar. Diariamente, peça para ver as tarefas e as anotações feitas em sala. Ah, também é importante não deixar seu filho faltar à aula por qualquer motivo, por mais que ele insista. 

7. Estabeleça metas de superação, ou seja, conte para seu filho o que espera dele no fim do ano letivo e diga que vai ajudá-lo a alcançá-las. Porém, respeite o tempo dele: aos 8 anos, ele deve saber ler e escrever; aos 10, já é hora de somar, subtrair, multiplicar e dividir; aos 14, deve resolver equação de 1º grau e saber interpretar textos. 

8. Estabeleça também consequências, caso veja que ele não está comprometido. "Agora, se ele se esforça e não consegue, procure apoio na escola ou em aulas particulares", sugere Esther Carvalho, diretora do colégio Rio Branco, em São Paulo. Vale descobrir se a escola oferece aulas extras. 

9. Explique alguns conceitos que parecem ser básicos, mas que nem sempre as crianças se dão conta, como que é normal - e aceitável - ele tirar dúvidas após as aulas com o professor. 

10. Avalie a possibilidade de ele estar sobrecarregado, com muitas atividades diárias.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Música na Educação Infantil

Brincadeiras com bola

Bom dia Queridos Leitores,
Para aproveitar que estamos bem próximos da realização da  Copa do Mundo de Futebol,aqui vão algumas dicas de como realizar brincadeiras com as crianças utilizando a bola.



Como funciona: 
Há uma infinidade de brincadeiras com o objeto. O que as diferencia são os combinados entre os participantes e o uso de outros objetos, como no vassourabol, em que a bola é lançada com o auxílio de uma vassoura. Há opções para grupos ou para o indivíduo, como o paredão - em que a bola é jogada contra a parede seguidamente para que não caia no chão. Existem várias modalidades, dentre elas, a queimada, em que os participantes se dividem em dois grupos e cada time tem como objetivo acertar os adversários com a bola para isolar todos na cadeia, área localizada no fundo do campo.
Origem: 
Muito popular na civilização grega, o brincar com bola era valorizado porque favoreceia o desenvolvimento dos músculos do corpo. 

Por que propor: 
Para os pequenos desenvolverem habilidades relacionadas ao movimento e à força. 

Como enriquecer o brincar: 
■ Dialogue com a turma, ao fim da prática, sobre a questão da cooperação entre os participantes para que a atividade seja divertida para todos. 
■ Ofereça bolas de diversos tamanhos para que todos testem e decidam qual a mais interessante para cada brincadeira. 
■ Sugira que o grupo mostre aos colegas as atividades desse tipo já vivenciadas. 

Os erros mais comuns 
■ Sugerir que só os meninos brinquem de bola e ainda por cima com os pés. As meninas têm de experimentar a atividade e de maneiras diversas. 
■ Acreditar que os pequenos são egoístas por não passar a bola para os amigos. Eles ainda não percebem que, para brincar, o outro é importante. 

sábado, 10 de maio de 2014

Dez Jogos e Brincadeiras para Educação Infantil

Caixa de Sensações: o professor pode encapar uma caixa de tênis fazendo um furo em forma de círculo, com dez centímetros de diâmetro. O professor deverá organizar materiais como retalhos, flocos de algodão, pedaços de lixa, tampinhas, caixinhas e outros objetos e ir colocando-os por uma das extremidades, a fim de que a criança, com a mão do outro lado, identifique o material.
Caminho Colorido: com folhas de papel pardo, faça um caminho para que as crianças carimbem os pés, com tintas coloridas. É uma atividade que envolve muito as crianças, e as deixam muito felizes.

Atividades que desenvolvem a psicomotricidade 
Toca do Coelho: Dispor bambolês no pátio da escola de forma que fiquem duas crianças em cada um e que sobre uma fora do bambolê. Ao sinal do professor, as crianças deverão trocar de toca, entrando duas em cada um. Sempre sobrará uma criança fora da toca.
De onde vem o cheiro? A professora irá passar perfume em um paninho e o esconderá na sala, num lugar fácil, onde os alunos deverão descobrir de onde vem o cheiro.
Dentro e Fora: Fazer uma forma geométrica bem grande no chão e pedir que as crianças entrem na delimitação desse espaço. Se quiser o professor poderá fazer outra forma dentro da que já fez onde irá pedir que os alunos adentrem também, explorando ainda que se a forma é pequena eles irão ficar apertados.
Arremesso: O professor fará uma linha no chão, usando fita crepe e as crianças deverão arremessar garrafinhas plásticas cheias de areia, para frente. O professor irá medir as distâncias e verificar quem conseguiu arremessar mais longe. Depois, em sala de aula, poderá fazer um gráfico explicativo.
Pneus: Esses podem ser usados para várias brincadeiras, como pular dentro e fora, se equilibrar andando sobre a parte de sua lateral ou ainda quem consegue rolar o pneu de um determinado lugar até outro sem deixá-lo cair.
Que som é esse?: Com faixas de tnt preto, vendar os olhos dos alunos e fazer diferentes barulhos usando instrumentos musicais, latas, brinquedos, etc., a fim de que as crianças identifiquem os mesmos.
Caixa Surpresa: Com uma caixa de papelão encapada, o professor irá mandar para a casa de um aluno a fim de que os pais enviem algum material que possa ser descoberto pelas crianças. O professor vai fazendo descrições do material, até que as crianças descubram o que é.
Pega-Pega Diferente: Dividir a turma em dois grupos e identificá-los com lenços ou fitas de cores diferentes. Após o sinal do professor os grupos deverão pegar uns aos outros e a criança pega deverá ficar num espaço delimitado pelo professor. Vence o grupo que tiver mais pessoas que não foram pegas

Brincadeiras permitem que crianças conheçam o mundo e façam parte dele.

Misturando a imaginação com traços culturais do passado e do presente, os pequenos põem em cena as brincadeiras. Cada um a seu modo, eles aprendem a participar de várias situações.



Quem é apanhado no pega-pega é eleito o pegador da vez. Enquanto a bruxa prepara poções venenosas, o príncipe apaixonado protege a princesa. E a menina que erra o passo e tropeça na corda vai ter de se casar com um moço loiro, moreno, careca ou cabeludo.
As brincadeiras são o modo que as crianças têm de se manifestar com naturalidade, conforme suas vontades e exigências. E também a maneira de elas entrarem em contato com valores e hábitos sociais antigos e contemporâneos.
Longe de ser uma simples maneira de os pequenos aprenderem as coisas (como acreditam muitos adultos), esse brincar, ora inventado, ora transmitido de geração em geração, permite que eles conheçam o mundo e passem a fazer parte dele.

"As brincadeiras são aprendizagens sociais que pressupõem processos de relações e mediações entre as crianças e entre elas e os educadores", diz Adriana Friedmann, docente do curso de pós-graduação em Educação Lúdica no Instituto Superior de Educação Vera Cruz (Isevec), na capital paulista.

Quando a amarelinha e a ciranda, entre outras atividades, têm espaço garantido na escola, os pequenos ganham a possibilidade de tomar decisões e fazer descobertas emocionais e físicas. Reunidos em grupos, eles podem trocar informações sobre os diversos jeitos que existem para pular corda, por exemplo.

Organizar brincadeiras para a turma requer nada mais que um bom planejamento, com muita pesquisa e uma boa dose de imaginação. Em geral, elas não necessitam de muitos recursos materiais para ocorrer. Os cômodos da casinha do faz de conta podem ser divididos com traços no chão, e muitas atividades - como o esconde-esconde - fazem do corpo o principal objeto.